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Mas os fluxos também podem aparecer noutras estruturas. Os fluxos da atualidade (sociedade de segurança) são compostos de diversas camadas, numerosos protocolos, infinitos programas, inúmeras negociações. Não há descrição que esgote seus múltiplos governos e suas variadas potências. Governos que não agem propriamente por rizoma, mas também não pelo esquema explícito da árvore/raiz central, o poder nele se dissemina em todos os corpos plantando em cada um uma árvore, que se conectam umas as outras nos olhares, nos controles constantes... Assim, a raiz, o pivô não tem localização, o poder não tem face, o saber não tem dono (a verdade nos tem): o que atravessa e organiza todo esse esquema arborescente ultra-ramificado e multi-centralizado é o desejo de governar, governar populações, garantir sua segurança, extrair delas dados, cifras, informações, saberes, torná-las dirigíveis, fazê-las viver: governo das populações; endividamento dos indivíduos; biopolítica; estratégias de segurança; ciframento-dividual.

Retilinear as curvas!