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Assim, seja sobre o colo viçoso da grama-pé-de-galinha,
seja na caatinga pronta a se queimar, a grama, o capim, o mato é uma
multiplicidade de vida-morte. O pássaro que se alimenta dos insetos que ali
vivem, depois será devorados pelos vermes nesse mesmo lugar, eterno retorno da vida, sem transcendentalidade, sem
além-mundo, sem promessa, apenas vida & morte se digladiando sem se
preocupar com códigos de condutas, sem seguir etiquetas, sem dar a mínima para
qualquer higiene-suicida moderna. Apenas se verá a grama devorar o que antes
dela se alimentou &, o que antes permitiu viver, agora se (des)dobra em
algo novo. Antropofagia-vegetal. Assim a grama deve ser devorar por todos que
dela podem algo sorver, & assim a grama engolirá tudo que a ela for útil,
nem que seja para pôr-lhe um fim.